Pós-graduação em design no Brasil: cenários e perspectivas

Dijon de Moraes

Resumo


O desafio para produtores e designers, na atualidade, ao atuarem em cenários mutantes e complexos, deixa de ser o âmbito tecnicista e linear, passando à arena ainda pouco conhecida e decodificada dos atributos intangíveis dos bens de produção industrial. Isto faz com que o design interaja, de forma transversal, com disciplinas cada vez menos objetivas e exatas, passando a confluir com outras que compõem o âmbito do comportamento humano. A complexidade se caracteriza pela inter-relação recorrente entre a abundância das informações hoje facilmente disponíveis e desconectadas e, através de bruscas transformações, impõe contínuas adaptações e reorganização do sistema em nível de produção, das vendas e do consumo. Acreditamos que um novo modelo para as escolas de design tende a ser múltiplo, deve ser uma escola transversal e atravessável, deve fornecer conteúdos culturais, históricos, críticos e reflexivos em maior escala de formação. Uma escola com valores mais humanistas que tecnicistas e com mais conteúdos experimentais que previsíveis. Considerando que os primeiros programas em nível stricto sensu em design no Brasil, surgiram a partir dos anos noventa, com forte ênfase em um cenário estático do passado, colocamos para reflexão neste artigo, a existência de sintonia entre os cursos de pós-graduação stricto sensu em design no Brasil com a realidade social, mercadológica e produtiva existente na atualidade.

Palavras-chave


Pós-graduação em design no Brasil, Design em cenário complexo, Perspectivas do stricto sensu em design no Brasil

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DOI: https://doi.org/10.35522/eed.v22i3.116

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Revista Estudos em Design, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, ISSN Impresso: 0104-4249, ISSN Eletrônico: 1983-196X

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