O Design Thinking como ferramenta na geração de bionegócios de impacto social e empreendedorismo feminino na Amazônia
Abstract
A disparidade salarial entre homens e mulheres é clara, bem como a invisibilidade das atividades econômicas das mulheres. Nesse cenário, esta pesquisa examina as experiências de um coletivo de mulheres de uma comunidade tradicional cujo sustento depende da extração manual e da venda de óleos vegetais derivados de espécies amazônicas, geralmente tratados como mercadorias de baixo valor. A fim de capacitar esse coletivo e agregar valor ao bionegócio local, este estudo empregou os princípios da metodologia de design thinking, enfatizando a empatia, a colaboração e a experimentação com a perspectiva humana em seu núcleo, objetivando catalisar o empreendedorismo feminino na comunidade. As descobertas revelam que a aplicação dos princípios do design thinking, vistos da perspectiva da inovação e do empreendedorismo, otimizou a geração de renda e valor agregado ao bionegócio, promovendo o reconhecimento dessas mulheres quanto à importância de suas atividades na comunidade. Esta investigação evidenciou o potencial do design thinking para capacitar as mulheres nas comunidades tradicionais, afirmando a importância das suas contribuições para as suas comunidades. Desta forma, o trabalho contribuiu para um diálogo mais amplo sobre a equidade de gênero, o empoderamento econômico e a revitalização dos sistemas de conhecimento tradicionais em regiões remotas.
Keywords
Full Text:
PDF (Português (Brasil))References
BARBIERI. J. Desenvolvimento sustentável: das origens à agenda 2030. Petrópolis, RJ: Vozes, 2020. (Coleção Educação Ambiental).
BROWN, T. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. Rio de Janeiro: Alta Books, 2017.
DIEGUES, A.Conhecimentos, práticas tradicionais e a etnoconservação da natureza. Desenvolvimento e meio ambiente, v. 50, 2019.
DUGAND, A.; MENEZES,C. Diversidade cultural, redução da pobreza e empoderamento feminino: desafios dos ptc em comunidades indígenas no brasil e na américa latina.Revista de Políticas Públicas e Segurança Social, v.1, n. 2, p. 130-152, 2017.
EVANGELISTA, E.; SANTOS, M.; WOLF, P.; FEIJÓ, V.; SOUSA, R.; GOMEZ, L.POSITIVISMO E DESIGN: percepções sobre a influência positivista nas leis da gestalt. Blucher Design Proceedings, v. 1, n. 4, p. 329-338, 2014.
FARAH, M.Gênero e políticas públicas. Revista Estudos Feministas, v. 12, p. 47-71, 2004.
GOHN, M. Empoderamento e participação da comunidade em políticas sociais.Saúde e Sociedade, v.13, n.2, p. 20-31, 2004.
HOROCHOVSKI, R.; MEIRELLES, G. Problematizando o conceito de empoderamento. Seminário Nacional Movimentos Sociais, Participação e Democracia, v. 2, n. 2007, p. 485-500, 2007.
ICMBIO. Floresta Nacional do Tapajós. Disponível em: ICMBio - Floresta Nacional do Tapajós - Flona Tapajós. Acesso em: 10 jan. 2022.
JOÃO, J.; SOUZA, M.; VILAGRA, M.; CÔRTES, P.; VILAGRA, S.; TEMPSKI, P. Design Thinking na reestruturação do sistema de avaliação de disciplina em um curso de medicina. Revista brasileira de educação médica, v. 44, n.4, p. 118, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-5271v44.4-20200125
KUMMER, L. Metodologia participativa no meio rural: uma visão interdisciplinar. conceitos, ferramentas e vivências. Salvador: GTZ, p. 343-350, 2007.
LEPRE, P. Economia Circular Inclusiva: a inclusão social como atributo sistêmico do Design para a Economia Circular em contextos econômicos emergentes. Estudos em Design, v. 30, n. 3, 2022.
MARTORANO. Mapa de localização da Flona. 2016. Disponível em: Bing. Acesso em: 23 jan. 2022.
MERONI, A. Strategic Design to take care of the territory: networking Creative Communities to link people and places in a scenario of sustainable development. In: Anais P&D, 8., Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2008. (CD Room).
PROJETO Psicometria de Código Aberto. Escala de autoestima de Rosenberg. Disponível em:Escala de Autoestima de Rosenberg (openpsychometrics.org). Acesso: 18 janeiro2022.
ROSENBERG, M. Society and the adolescent self-image. Princeton: Princeton University Press, 1965.
SIMONETTI, V.Revisão crítica de algumas escalas psicossociais utilizadas no Brasil.Dissertação (Mestrado em Psicologia) -Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, 1989.
TONELLI; A. MULHERES EMPREENDEDORAS. FGVEXECUTIVO, v.12, n.1, jan/jun 2013. Disponível em: Vista do Mulheres empreendedoras (fgv.br). Acesso: 30 de outubro de 2023.
VISCARDI, A.; CORREIA, P. Questionários de avaliação da autoestima e /ou da autoimagem: vantagens e desvantagens na utilização com idosos.Revista brasileira de qualidade de vida, v. 9, n. 3, p. 261-280, jul./set. 2017.
DOI: https://doi.org/10.35522/eed.v32i2.1979
Refbacks
- There are currently no refbacks.
Copyright (c) 2024 Bárbara Tapajós, Fábio Lobato, Kariane Nunes
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Revista Estudos em Design, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, ISSN Impresso: 0104-4249, ISSN Eletrônico: 1983-196X
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.