Quadro referencial para a construção do self em startups: uma percepção psicossocial e discursiva da identidade corporativa

Marcilene Machado Reinert, João Eduardo Chagas Sobral, Marli Teresinha Everling

Resumo


O estudo apresentado neste artigo é resultado de uma dissertação de mestrado que se propôs a investigar a construção da identidade de marca em startups, destacando a importância do processo de construção do self organizacional. Utilizando uma abordagem fenomenológica, a pesquisa se desenvolveu em três etapas: a intencionalidade na exposição da justificativa e problemática, a análise da percepção de diversos autores sobre o fenômeno, e a redução eidética que resultou em um quadro referencial para a construção do self em startups. Este quadro oferece uma trilha orientativa com ações identitárias e questões para discussão e revisão contínua a fim de melhor posicionar a empresa em relação a seu público e ecossistema

Palavras-chave


organizacional, startups, branding, design estratégico

Texto completo:

PDF

Referências


ABNT NBR ISO 56000:2020: Gestão da inovação. Rio de Janeiro, 2020. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2000

ALBERT, Stuart, WHETTEN, David. A. Organizational Identity. Research in Organizational Behavior, 1984, volume 7, 263-295.

ALLUM, Nicholas C., BAUER, Martin W., GASKELL, George. Qualidade, Quantidade e Interesses do Conhecimento: evitando confusões. In: BAUER, Martin, GASKEL, George. Pesquisa Qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 13. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

AMOSSY, Ruth. Da noção retórica de ethosà análise do discurso. In: Imagens de si: a construção do ethos. 1 ed. São Paulo: Contexto, 2008.

AGÊNCIA BRASIL. Startups crescem no Brasil e consolidam nova geração de empreendedores. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2018-07/startups-crescem-no-brasil-e-consolidam-nova-geracao-de-empreendedores Acessado em 30/06/2022

BAUMAN, Zygmund. Aprendendo a pensar com a sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

BAUMAN, Zygmund. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BICUDO, Maria A. V. A pesquisa Qualitativa Fenomenológica: interrogação, descrição e modalidades de análise. In: Maria Aparecida Viggiani Bicudo. (Org.). Pesquisa qualitativa segundo a visão fenomenológica. 1ªed.São Paulo: Editora Cortez, 2011, v., p. 41-74.

BECHTER et al. Advertising between Archetype and Brand Personality. MDPI, 2016.

BLANK, Steve, DORF, Bob. Startup: Manual do Empreendedor: O guia passo a passo para construir uma grande empresa. [recurso eletrônico]. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.

BRASIL. Lei nº 182, de 1 de junho de 2021. Institui o marco legal das startups e do empreendedorismo inovador; e altera a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Diário Oficial da União: Edição: 103 | Seção: 1 | Página: 1, Brasília, DF, p. 1-10, 2 jun. 2021. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-complementar-n-182-de-1-de-junho-de-2021-323558527. Acessoem: 2 jul. 2022.

BREWER, Marilynn B. The social self: On being the same and different at the same time. Personality and Social Psychological Review, 1991, 17, 475-482.

BREWER, Marilynn B., Gardner, Wendi. Who is this ‘We’? Levels of Collective Identity and Self Representations. Journal of Personality and Social Psychology, 1996, Vol.71, No. 1, 83-93.

CHARAUDEAU, Patrick. Identidade social e identidade discursiva: o fundamento da competência comunicacional, In: PIETROLUONGO, Márcia. (Org.) O trabalho da tradução. Rio de Janeiro:Contra Capa, 2009, p. 309-326., 2009. Disponível em: http://www.patrick-charaudeau.com/Identidade-social-e-identidade.html Acesso: 05/06/2022

CONSOLO, Cecilia. Marcas - Design Estratégico: Do Símbolo à Gestão da Identidade Corporativa. São Paulo: Editora Blucher, 2015.

FASCIONI, Ligia. Método participativo de definição daidentidade corporativa.Estudos em Design, Rio de Janeiro, v. 19, n.2, 2001.

FOREMAN, Peter, WETTEN, David A. The Identity Paradox and Expanded Framework of Organizational Identity. Proceedings of the New Frontiers in Management and Organizational Cognition Conference, 2012.

GIL, Antonio C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa, 6. ed. Barueri: Grupo GEN, 2017.

GIORGI, Amedeo. Phenomenology and Psychological Research. Pittsburgh: Duquesne University Press, 1985.

GOBÉ, Marc. Brandjam: o design emocional na humanização das marcas. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.

GONÇALVES-NETO, José U., FERREIRA DE LIMA, Aluiso. Usos e significados de “self” e “identidade” em Mind, Self e Society. Revista Científica Guilhermo de Ockham, vol.15, no.1, 2017. Universidade de San Buenaventura, Colombia. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=105352363007 Acesso em: 25/05/2022.

HUSSERL, Edmund. A Crise das Ciências Europeias e a Fenomenologia Transcendental: Uma Introdução à Filosofia Fenomenológica. São Paulo: Forense Universitária, 2015.

IBRD. Doing Business. Classificação das economias. Disponível em: https://archive.doingbusiness.org/pt/rankings Acesso em: 19/07/2022.

JACOBS, Claus Dietrich; OLIVER, D.; HERACLEOUS, L. (2008). Constructing Organizational Identity Through Embodied Metaphors. Academy of Management Proceedings, 2008(1), pp. 1-6. Academy of Management, New York

JUNG, Carl Gustav. Tipos psicológicos. Petrópolis: Vozes, 2009.

JUNG, Carl Gustav. A natureza da psique. Petrópolis: Vozes, 2000.

JUNG, Carl. O Homem e seus símbolos. 5. ed. Rio de Janeiro: Nova. Fronteira. 1964.

KOTLER, Philip, KARTAJAYA, Hermawan, SETIAWAN, Iwan. Marketing 5.0: Tecnologia para a humanidade. São Paulo: Sextante, 2021.

MACHADO, Luiza Fernandes Lootens; OLIVEIRA, Ana Mansur de. Práticas criativas contemporâneas: a teoria psicanalítica e suas contribuições para o processo de mediação empreendido pelo designer. Estudos em Design, Rio de Janeiro, v. 29, n. 3, p. 174-186, 2001.ISSN 1983-196X

MAINGUENAU, Dominique. A Propósito do Ethos. In: Ethos Discursivo. São Paulo: Editora Contexto, 2008.

MAURYA, Ash. Comece sua startup enxuta: aprenda a aplicar a metodologia lean em seu (novo) negócio. São Paulo: Saraiva, 2018.

MATOS, Fernando, RADAELLI, Vanderleia. Ecossistema de startups no Brasil: estudo de caracterização do ecossistema brasileiro de empreendedorismo de alto impacto. Banco Interamericano de Desenvolvimento, 2020. Disponível em: https://publications.iadb.org/pt/ecossistema-de-startups-no-brasil-estudo-de-caracterizacao-do-ecossistema-de-empreendedorismo-de Acessadoem 05/05/2022.

MEYER, Guilherme C. Conflito, negociação e transformação: o Designer e o Processo de Desenvolvimento de Produto. Tese. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2010.

MORRIS, Charles W. Mente, self e Sociedade. Petrópolis: Editora Vozes, 2015.

MOTTA, Ana R., SALGADO, Luciana. (org.) Ethos Discursivo. São Paulo: Editora Contexto, 2008.

MOORE, Geoffrey. Atravessando o abismo: marketing e vendas de produtos disruptivos para clientes tradicionais. São Paulo: Alta Books, 2021.

ORLANDI, Eni P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2004.

OSTERWALDER, Alexander, PIGNEUR, Yves. Business Model Generation: Inovação em modelos de negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.

OSTERWALDER, Alexander et al. ValueProposition Design: Como construir propostas de valor inovadoras. Rio de Janeiro: Alta Books, 2019.

PHILLIPS, Peter. L. Briefing: a gestão do projeto de design. São Paulo: Blucher, 2017.

POSSENTI, Sirio. Apresentação da análise do discurso. S. J. do Rio Preto: Glotta, 1990.

PORTER, James et al. Institutional Critique: A Rhetorical Methodology for Change. College Composition and Communication, vol. 51, no. 4, 2000, pp. 610–42. JSTOR. DisponívelemAcessoem: 03/03/2022.

RIES, Eric. A startup enxuta: Como usar a inovação contínua para criar negócios radicalmente bem-sucedidos. [recurso eletrônico]. Rio de Janeiro: Sextante, 2019.

SEBRAE. O que é uma startup? Disponível em Acessado em: 30/06/2022

SINEK, Simon. Comece pelo porquê: Como grandes líderes inspiram pessoas e equipes a agir. São Paulo: Sextante, 2021.

WHEELER, Alina. Design de Identidade da Marca: Guia Essencial para Toda a Equipe de Gestão de Marcas. Porto Alegre: Grupo A, 2019.

WETTEN, David A. Albert and Whetten Revisited: strengthening the concept of organizational identity. Journal Of Management Inquiry, [S.L.], v. 15, n. 3, p. 219-234, set. 2006. SAGE Publications.

XAVIER, Adilson. Storytelling: histórias que deixam marcas. Rio de Janeiro: Best Seller, 2017

ZUCKERMAN, Ezra W. The categorical imperative: securities analysts and the illegitimacy discount. American JournalofSociology, 104, 1398-1438.

VOLÁTIL. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2022. Disponível em: . Acesso em: 27/07/2022.




DOI: https://doi.org/10.35522/eed.v32i3.2028

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2024 Marcilene Machado Reinert, João Eduardo Chagas Sobral, Marli Teresinha Everling

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional.

Revista Estudos em Design, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, ISSN Impresso: 0104-4249, ISSN Eletrônico: 1983-196X

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.